O Paradoxo do Controle

Como nossa obsessão pelo incontrolável ofusca nossas verdadeiras possibilidades

Olá, amigo estoico. Espero que esta carta te encontre bem e em um momento de reflexão.

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Hoje, gostaria de conversar sobre um tema que acho muito relevante e que acredito ser fundamental para nossa jornada estoica: a forma como estamos constantemente focando em coisas que não estão sob o nosso controle enquanto ignoramos o que podemos fazer bem em nossas frentes.

É curioso, não é? Como seres humanos, temos essa tendência quase magnética de nos fixarmos naquilo que está além do nosso alcance. Passamos horas, dias, às vezes até anos, preocupados com o clima, a economia global, as opiniões alheias ou eventos futuros que são, em sua essência, imprevisíveis e incontroláveis. Enquanto isso, deixamos passar despercebidas inúmeras oportunidades de crescimento, aprendizado e ação positiva que estão bem diante de nossos olhos.

Epicteto, um dos nossos grandes mestres, nos lembra sabiamente:

"Algumas coisas estão sob nosso controle, enquanto outras não estão. Sob nosso controle estão opinião, motivação, desejo, aversão e, em suma, tudo que seja ato nosso. Fora de nosso controle estão o corpo, a propriedade, a reputação, os cargos e, em suma, tudo que não seja ato nosso."

Reflita comigo: quantas vezes você se pegou ansioso sobre uma apresentação importante no trabalho, mas, em vez de se preparar adequadamente, ficou ruminando sobre como seu chefe reagiria ou se seus colegas o julgariam? Ou quantas vezes você deixou de iniciar um projeto pessoal porque estava preocupado demais com possíveis obstáculos futuros, em vez de focar nos primeiros passos concretos que poderia dar?

Esse paradoxo do controle nos mantém em um estado de paralisia produtiva. Ficamos tão ocupados nos preocupando com o que pode dar errado, com o que os outros vão pensar, ou com circunstâncias que estão além do nosso poder, que acabamos negligenciando as áreas onde realmente podemos fazer a diferença.

Mas como podemos mudar essa perspectiva? Como podemos reorientar nosso foco para aquilo que está verdadeiramente sob nosso controle?

1. Pratique a distinção diária: Faça um exercício diário de identificar o que está e o que não está sob seu controle. Isso pode ser feito através de uma simples lista ou durante sua meditação matinal.

2. Cultive a aceitação: Para as coisas que estão fora do seu controle, pratique a aceitação. Isso não significa passividade, mas sim uma compreensão realista dos limites da sua influência.

3. Foque na ação: Para cada preocupação que surge, pergunte-se: "O que posso fazer a respeito disso agora?" Se não houver ação concreta possível, é um sinal para redirecionar sua energia.

4. Celebre os pequenos progressos: Reconheça e valorize os passos que você dá nas áreas sob seu controle, por menores que sejam.

5. Pratique a visualização positiva: Em vez de imaginar cenários catastróficos, visualize-se agindo de maneira virtuosa e eficaz diante dos desafios.

Lembre-se, o verdadeiro poder não está em controlar o mundo ao nosso redor, mas em como respondemos a ele. Como Marco nos lembra:

"Você tem poder sobre sua mente - não sobre eventos externos. Perceba isso, e você encontrará força."

Convido você a fazer um exercício comigo esta semana: toda vez que se pegar preocupado com algo fora do seu controle, pare, respire fundo, e pergunte-se:

O que posso fazer agora, neste momento, para melhorar minha situação ou ser a melhor versão de mim mesmo?

E então, aja sobre isso.

Acredito profundamente que, ao reorientarmos nosso foco para aquilo que podemos influenciar diretamente, não apenas nos tornamos mais eficazes e realizados, mas também encontramos uma paz interior que nenhuma circunstância externa pode perturbar.

Mantenha-se forte. Mantenha-se bem.

Um abraço, André Cicarelli

P.S.: Se quiser aprofundar essa reflexão, recomendo fortemente a leitura do Manual de Epicteto. É um guia prático inestimável para distinguir entre o que está e o que não está sob nosso controle. (Clique aqui para ver a edição que eu recomendo)

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