- Caminho Estoico
- Posts
- A superestimulação está destruindo nossas vidas
A superestimulação está destruindo nossas vidas
E nós nem percebemos...
Olá, amigo estoico. Espero que esteja bem.
No tópico de hoje quero falar sobre um assunto que todos sabem, mas ninguém realmente presta atenção - e falo isso por mim mesmo.
Recentemente percebi como meu desempenho em diversas áreas da minha vida estava, para dizer o mínimo, ruim. Ando tendo dificuldades para fazer tarefas do trabalho, manter uma rotina saudável de exercícios, estudos, leituras, entre outros.
Como sempre, comecei a perguntar o que estava errado - e como sempre, pensei que isso estava ligado aos meus problemas de disciplina e organização. Apesar disso, percebi que algo estava errado, faltava uma peça, algo que sempre esteve lá mas eu nunca tinha realmente ponderado sobre:
Eu estava passando algumas horas por dia assistindo vídeos no YouTube, as vezes sobre assuntos importantes e interessantes, as vezes assuntos sem importância alguma
Eu estava jogando videogames todos os dias
Essas duas coisas somadas, aparentemente inofensivas, me custavam em torno de 4 horas por dia. 20 horas por semana útil. 80 horas por mês.
Assim, você pode pensar: “Ok, André, mas eu não tenho problema com nenhum desses dois pontos, não jogo nem assisto muitos vídeos.”
Justo.
Mas já parou pra refletir sobre quanto tempo você passa no Instagram todos os dias? No TikTok? Facebook? Talvez no Twitter?Netflix? Notícias? E-mails? Compras? Cursos?
Notificações do celular?
Grandes são as chances de que eu toquei em ao menos um ponto de vício em sua vida, talvez dois ou três.
A grande questão aqui é: nós estamos a todo momento sendo bombardeados de informações e estímulos nos meios virtuais, não importa onde navegamos.
E depois que você fica tempo suficiente exposto a isso, se transforma no novo normal.
Como os romanos antigos diriam, panem et circenses. Pão e Circo.
Nós estamos tão hipnotizados que esquecemos de viver nossas próprias vidas. Temos toda a distração de que precisamos logo na palma de nossas mãos e nas telas dos nossos computadores.
E tudo isso vira um grande ciclo vicioso, onde a distração e superestimulação gera um sentido ruim de desperdício, mas que é compensado com mais distração. E nós seguimos vivendo assim.
Além do que falei antes, vale a pena lembrar que essa superestimulação causa outra série de problemas que podem ser extremamente danosos. Eu já citei sobre a minha produtividade acima.
Mas e a saúde mental?
A constante ansiedade de não conseguir concluir o que você gostaria de fazer, o que você sabe que é o certo para se transformar na pessoa que gostaria de ser. O impacto no seu sono, na sua qualidade de vida, nas suas relações com pessoas que você ama e na sua relação consigo mesmo.
Eu afirmo, com grande convicção, que o excesso de estímulos é o grande fator limitante na minha vida atualmente - e também pode ser na sua.
Então, parta comigo nessa jornada de ser mais consciente sobre o que você faz no seu dia a dia e tome atitudes para acabar com esse grande problema dentro do seu contexto único.
Apesar do que pode parecer, sentir tédio é muito benéfico para nossas mentes, ele é capaz de forçar suas capacidades criativas e te impulsionar na melhor direção.
(Essa carta inteira foi escrita graças à inspiração gerada pelo ócio)
Mantenha-se forte. Mantenha-se bem.
André Cicarelli
Chegou até aqui e na dúvida do que fazer agora?
Siga estes passos:
Passo #2 - Veja meus vídeos no YouTube
Passo #3 - Ouça os episódios do Podcast Prática Estoica
Reply